O jejum trata-se de um hábito muito antigo que era, e ainda é, realizado por critérios religiosos, e antes mesmo disso, feito por pura necessidade.

Se fecharmos nossos olhos e voltarmos no tempo, é fácil entender que a alimentação não era algo tão disponível, como é para muitos hoje em dia. Havia uma necessidade em caçar, colher, preparar, cozer. E, este tanto de atividades, acabava por manter nossos ancestrais por horas sem se alimentar, fazendo do jejum uma coisa corriqueira e natural.

Voltando aos nossos dias, por outro lado, também fica evidente a falta desta necessidade em ficar longos períodos sem se alimentar, e o jejum acaba se tornando, então, algo não tão natural assim.

Então temos um paradoxo de cultura e saúde??

Sim! E é por isso que estudiosos vêm, dia a dia, gastando muito tempo e neurônios, para entender todos os impactos desta e outras mudanças de hábitos alimentares em nossa saúde e até mesmo em nossa genética.

Então vamos à prática…

Jejum Intermitente, como hoje é conhecido, trata-se de um período determinado (12, 18, 24 horas, dias alternados ou não) em que o indivíduo se mantém sem se alimentar, ou alimenta-se de alimentos ricos em boas gorduras e fitoquímicos, e que, em diversos estudos, vem mostrando benefícios para grande parte da população. Benefícios estes linkados com capacidade antioxidante, oxidação de gorduras, redução de LDL colesterol, redução dos níveis de insulina, modulação da inflamação e longevidade do indivíduo.

Ok! Então o jejum deve ser praticado por todos… e qual protocolo devo utilizar???

A resposta talvez não seja a que gostariam, mas certamente, é a mais segura a todos: procure um profissional capacitado, permita que ele conheça seus hábitos alimentares, acerte uma ou outra condição e te prepare, se este for o caso, para que você siga a tal prática natural de uma forma saudável e tranquila como deve ser.

Escrito por Dra. Milena Moretti